Depois de 26 anos de serviços à Procuradoria-Geral do Estado, o Procurador José Luis Bolzan de Morais se aposentou das funções. Durante o tempo de serviço, Bolzan entrou inaugurando a Regional de Frederico Westphalen, depois passou por Santa Maria e Novo Hamburgo. Foi vice e coordenador da PIDAP, e depois atuou na PP e Consultoria de Pessoal em Porto Alegre. Na sequência, foi para a Procuradoria junto aos Tribunais Superiores, em Brasília, e por fim atuou remotamente na PTRAB-ECT.
Entrevista com José Luis Bolzan de Morais
Quais as principais diferenças da PGE em que o senhor entrou e da que se aposenta?
Hoje, a Casa está melhor estruturada, em termos de infraestrutura e condições de trabalho. Muitas transformações ocorreram organizacionais e de carreira, inclusive em termos de competências institucionais.
Qual o grande legado que a carreira de Procurador lhe deixa?
Talvez o maior legado seja um modo de ver, pensar, entender e fazer atuar o Direito desde a perspectiva do espaço público estatal comprometido com a sociedade, bem como seus limites.
Pretende seguir ativo na APERGS?
Com certeza. Me aposento, porém não pretendo deixar a convivência com e na nossa entidade de classe. Pretendo contribuir naquilo que for demandado e que me sentir habilitado, como sempre o fiz ao longo destes anos.
Existe algum plano pessoal para os próximos anos?
Sempre mantive uma atuação acadêmica, em paralelo à PGE. Sou um professor e pesquisador do Direito. Como tal, nos últimos anos, tenho me dedicado a estudar os impactos da Revolução da Internet, como costumo nomear, nas instituições, práticas jurídicas e no “saber do Direito”. Para isso, fundei o Cyber Leviathan – Observatório do Mundo em Rede, ao qual vou me dedicar, com parcerias nacionais e internacionais, inclusive com poderes públicos. Em 2022 coordenei, para o TSE, uma Missão de Observação Eleitoral, avaliando o impacto do uso das redes sociais nas eleições presidenciais, por exemplo. Além disso, tenho propostas, em análise, para atuar na advocacia privada. Também, pretendo retomar projetos editoriais que estão em stand-by, assim como um período de ensino e pesquisas no exterior em razão de alguns convites recebidos e pendentes. Por outro lado, retomar minhas viagens de moto. Portanto, a vida segue com renovados e inéditos projetos.