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Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul

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30 anos de carreira

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Os(as) colegas Antônio Avancini (Departamento de Defesa das Prerrogativas dos Procuradores do Estado), Frederico Didonet (integrante da Diretoria Executiva e coordenador do Departamento de Convênios), Paulo Basso (Departamento de Honorários), Igor Moreira (integrante do Conselho Deliberativo da APERGS), Euzébio Ruschel, Clóvis Pingret, Helmut Müller, Leandro da Cunha e Silva, Paulo Hahn, Rodolfo Côrrea, Alexandre Mariotti, Cesar Santolim, Enéas Torres, Edmar Daudt, Pedro Figueiredo, Maria Fischer, Nei Gatiboni, Melany Hamester, Maria Velasques, Alexandre Moreira, Fernando Dugacsek, Maria Germano, Marco Pfitscher, Paulo de Tarso, Jorge Osório, Cláudia Rebello, Justino Silva, Rosana Tedesco, Flávio Netto, Laércio Cadore, Gustavo Barcellos, Eliete Wilhelms e Rosane Souza acabaram de completar três décadas de ingresso na Procuradoria-Geral do RS.

O depoimento do Dr. Marcos Antônio Miola (Diretor de Previdência), integrante do seleto grupo, representa a homenagem da APERGS a todos pela sua admirável trajetória:

Na data de hoje, completo 30 anos da minha posse como Procurador do Estado do Rio Grande do Sul. Aos meus 26 anos estava contente, porém, apreensivo. Nunca nem mesmo havia elaborado uma petição. Por cinco anos trabalhei em uma Câmara Criminal do TJRS e sabia de alguma coisa de Direito Penal e Processual Penal. Mas de Direito Tributário, do Trabalho, e Administrativo? Não sabia nem mesmo onde sentar nas audiências!

Fui para Santa Cruz do Sul e lá comecei a superar as angústias e os obstáculos — que não foram poucos — com o apoio dos colegas de concurso e dos mais antigos. A PGE-RS sempre primou pelo trabalho em equipe, pela solidariedade, pelo coleguismo. Uma verdadeira família. E, como toda família, proporcionou-me alegrias e decepções; vitórias e derrotas.
Nestes 30 anos, passei da condição de um dos jovens do concurso de 1989/91 — nosso concurso foi longo — para um dos mais antigos.

E o tempo passou rápido. Talvez rápido demais. O tempo das festas de casamento dos(as) colegas e dos aniversários dos filhos ficaram nas boas lembranças.

Vendo em retrospectiva, cada vez mais me convenço do acerto da minha opção profissional.  Em primeiro lugar por ter escolhido o serviço público. Embora tão criticado — e algumas críticas são pertinentes —, vilipendiado e atacado, o serviço público mostra-se cada vez mais essencial à manutenção do processo civilizatório. É nos momentos de crise, como o que estamos vivendo, que sua força e sua essencialidade aparecem. Em segundo, por optar pela Advocacia Pública. Confesso que não tinha muita noção do que me esperava. E o que encontrei nos últimos 30 anos foi um trabalho que me proporcionou, junto com essa grande instituição, a persecução do interesse público,  garantir a implementação das políticas públicas escolhidas pela população através do processo eleitoral.

Para alguns, talvez, possa ser pouco, insuficiente. Faltou maior reconhecimento profissional; o sucesso financeiro. Para mim, sinceramente, não.

Como disse São Paulo a Timóteo, acho que combati o bom combate nestes últimos 30 anos. Procurei guardar a fé na construção de um mundo melhor, mais justo e solidário. 

Se não consegui — e parece que não consegui —, porque não nos encontramos nem perto do mundo imaginado por aquele jovem de 30 anos atrás, o débito vai também por conta das minhas limitações.

Para finalizar seriam tantas pessoas a agradecer nesses meus 30 anos de PGE que o tempo e a memória me fariam cometer injustiças. Mas não deixo de citar os colegas de concurso, alguns que continuo privar da amizade próxima e intensa; aos colegas mais antigos que nos receberam, pela paciência de mestres; aos mais modernos, aos quais fui agregando ao rol de amizade próxima e que continuam a me ensinar; a todos os funcionários, sem os quais a dedicação não poderia ter construído nada. Por fim, agradeço à minha família, que sempre compreendeu que em alguns momentos o tempo disponível não era deles, mas da PGE.

Então, estou feliz pelo que vejo no retrovisor, porque humildemente penso que os acertos superaram os erros.